terça-feira, 18 de outubro de 2022

Maria Alves de Sousa!

 

Aos sete dias do mês de Outubro do anno de mil oito centos e noventa, na igreja parochial de Barqueiros, concelho de Barcelos e diocese de Braga, baptisei solenemente um indivíduo do sexo feminino a que dei o nome de Maria que nasceu pelas três horas da manhã do dia seis do dito mês e anno, no logar de Lagoa Negra desta freguesia, filho legítimo de Agostinho Dias, desta freguesia, e Eusébia Alves de Sousa, da freguesia de Macieira de Rates, nesta recebidos, parochianos e moradores; neto paterno de Domingos Gomes, desta freguesia, e Maria Antónia, de S.Miguel da Apúlia, e materno de Joaquim Alvares de Sousa e Maria Isidória, de Macieira de Rates. Foram padrinhos S.António, cujo patrocínio invocaram, e Maria dos Anjos Páschoa, solteira, jornaleira, desta freguesia. E para constar lavrei em duplicado este assento lido perante e conferido perante a madrinha e vou somente assinar por esta não saber escrever. Era ut supra.

O Parocho : António do Patrocínio Domingues de Araújo.

Averbamento à margem:

Faleceu em Touguinha, concelho de Vila do Conde, em 30 de Abril, doc. nº 122, maço nº 5. Em 7 de Maio de 1970. Maria Clara

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Os Alvares meus antepassados!

 


Até onde consegui pesquisar - não pude ir mais longe, visto não haver registos anteriores a 1673, em Pedra Furada - tudo começou no lugar de Real da freguesia de Pedra Furada, concelho de Barcelos, com o casamento de Bento Alvares com Izabel Antónia, no ano de 1703.

Bem me queria parecer que havia uma razão forte para a minha bisavó Eusébia se ter refugiado nesse lugar, quando se viu grávida sem ter marido. Havia com certeza alguém da família que a acolheu e por ali se manteve sempre, até aos nossos dias. As velhotas da Quinta do Passeia para onde casou o Daniel do Jerónimo (por alcunha «O Maurdito») eram também elas Alvares, netas bisnetas ou trinetas do Senhor Bento, assim o creio. Ninguém me tira da cabeça que a Quinta do Passeia era propriedade deste personagem, Bento Alvares, referido no parágrafo anterior.

No ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1711, nasceu uma filha a este senhor, a quem foi posto o nome de Maria e que viria a casar com um tal Joze da Fonseca, da freguesia de Goios, para onde foram morar, depois de casados e criar os seus filhos.

Desta Maria Alvares nasceu outra Maria que conservou o mesmo apelido, no ano de 1744, e veio a casar com o nosso já conhecido e mui famoso avô Jerónimo Ferreira, ele também descendente dos Alvares. O seu avô Miguel Alvares, de Chorente, casou e foi viver para o lugar da Ribeira, da freguesia de Gueral, Quando o seu filho Manuel se casou com uma filha da Casa dos Velhos, de Macieira, já não usava o apelido de Alvares do seu pai, mas sim o de Ferreira.

No ano de 1743, nascia no lugar do Outeiro, Jerónimo, filho de Manuel Ferreira e neto de Miguel Alvares. Também no lugar do Outeiro, mas desta vez na freguesia de Santa Maria de Goios, nascia, no ano de 1744, a Maria Alvares que referi no parágrafo anterior. O casamento destes pombinhos trouxe o apelido de Alvares para Macieira e lá o manteve, enquanto a minha família lá morou.

Mas vamos por partes. Entre os filhos de Jerónimo e Maria houve um José, nascido no ano de 1768, que casou com uma menina de Balazar chamada Illena de Souza. Deste casal nasceram vários filhos, entre eles o Joaquim, no ano de 1817, que deu seguimento à família e ao apelido Alvares, acrescentando-lhe o Souza da sua mãe.

O Joaquim foi diferente de todos os seus antepassados e casou com uma moça da sua terra, de seu nome Maria Isidória, no ano de 1842, e deste casamento nasceu a minha bisavó Eusébia, em 1852, e mais um rancho de filhos. Depois dela veio a sua filha Maria, nascida na Lagoa Negra, em 1890, e desta a minha mãe Rita, em 1916. Todas mantiveram o apelido de Alvares, a partir de certa altura mudado para Alves, e o transmitiram a mim e meus 11 irmãos.

Andava mortinho por rascunhar estes dados para que constem para a posteridade e para quem se interesse por eles.