domingo, 4 de setembro de 2022

Confusões!

 Os Alves e os Gonçalves não têm nada a ver!

Uns são os descendentes do Álvaro e os outros do Gonçalo.


A ocupação do nosso país pelos romanos trouxe esta forma para os nossos apelidos. No período anterior a este, cada pessoa recebia um nome de baptismo a que se juntava o nome do pai - Ex: António Gonçalo, para um filho do Gonçalo - o que criava alguns imbróglios, em especial se queriam ao ao filho o mesmo nome do pai, pois Gonçalo Gonçalo não soaria muito bem.

Os romanos resolveram o problema de uma forma muito simples, pondo o nome do pai na forma genitijva que é como quem diz "filho de". Assim, Alvares é filho do Álvaro e Gonçalves é filho do Gonçalo.

Quando a Igreja Católica decidiu começar a registar os baptismos num libro apropriado e que hoje se encontra microfilmado e guardado na Torre do Tombo, já existiam por todos o Portugal estes apelidos. Por exemplo, na minha paróquia Gonçalves é um dos primeiros apelidos que aparece logo na primeira página do livro. Conhecem a história dos alcaides de Faria? Ora aí está, Gonçalo Nunes e Nuno Gonçalves.

Na minha família, o ramo feminino trouxe o nome de Alvares, depois Alves, desde o Século XVIII até à actualidade. Do lado da minha mulher acontece o mesmo com o apelido Gonçalves, embora este venha do ramo masculino da família. Entre filhos , netos e bisnetos vamos tentar mantê-lo para o futuro.