quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Os «Olhos azuis»!

 Nunca saberei o aspecto que tinha a minha bisavó Eusébia. As máquinas fotográficas eram ainda muito raras, quando ela viveu (de meados de século XIX até meados do século XX), e desconfio que pouca gente as tinha visto ainda, quando ela faleceu - no mesmo ano em que começou a II Grande Guerra - na freguesia de Macieira. Freguesia em que nasceu, em 1852, e à qual regressou, depois de uma longa ausência, para ali morrer e ser sepultada. Aliás, a título de curiosidade, quero acrescentar que depois dela nenhum dos seus descendentes lhe ficou a fazer companhia naquele chão sagrado. O filho ficou na freguesia para onde foi aos 10 anos de idade e a filha faleceu e está sepultada em Touguinha, freguesia de Vila do Conde, assim como a sua neta e o marido desta. Os descendentes das gerações seguintes estão espalhados pelo mundo, Portugal, França e Brasil.

Ia eu dizendo que nunca saberei como era a cara da minha antepassada, mas de uma coisa tenho (quase) a certeza, os seus olhos eram azuis. Lembrei-me disto, há dias, quando olhava para a fotografia do meu primo António, sepultado no ano passado, no cemitério de Barqueiros. Ele tinha os olhos azuis, a minha mãe também e metade dos meus irmãos a mesma coisa. Ora, a raiz que une toda esta gente é a nossa bisavó e, portanto, dela os herdamos. A sua filha Maria tinha olhos castanhos, mas a sua neta Rita nasceu com eles azuis. O primo António era neto do tio Carlos e também veio ao mundo com os olhos azuis. Seriam do avô Carlos ou viriam de outra origem? lembrei.me, de repente, que a Maria Páscoa, filha mais velha do tio Carlos, também tinha os olhos azuis e foi dela que o primo António herdou os seus.

Maria, neta pelo lado do seu filho e Rita, neta pelo lado da filha, ambos com os olhos azuis levam-me a concluir que os herdaram da avó Eusébia e os transmitiram aos seus descendentes. Tem lógica, não tem? Ok, assim fico mais satisfeito, não sou o único a pensar assim.

Nos tempos antigos era mais comum fazer-se um retrato das pessoas, para ficar para a posteridade, do que tirar uma foto. Mas para isso era preciso ter pilim, pois os retratistas não trabalhavam de graça e um retrato levava o seu tempo a fazer. Infelizmente, esta minha antepassada mal tinha com que alimentar os seus dois filhos, Carlos e Maria, portanto nada tenho para vos mostrar. Se tiverem uma imaginação como a minha podem construir um retrato ao vosso gosto, dela só vos ofereço o título ... EUSÉBIA (Alves de Sousa).

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Maria Alves de Sousa!

 

Aos sete dias do mês de Outubro do anno de mil oito centos e noventa, na igreja parochial de Barqueiros, concelho de Barcelos e diocese de Braga, baptisei solenemente um indivíduo do sexo feminino a que dei o nome de Maria que nasceu pelas três horas da manhã do dia seis do dito mês e anno, no logar de Lagoa Negra desta freguesia, filho legítimo de Agostinho Dias, desta freguesia, e Eusébia Alves de Sousa, da freguesia de Macieira de Rates, nesta recebidos, parochianos e moradores; neto paterno de Domingos Gomes, desta freguesia, e Maria Antónia, de S.Miguel da Apúlia, e materno de Joaquim Alvares de Sousa e Maria Isidória, de Macieira de Rates. Foram padrinhos S.António, cujo patrocínio invocaram, e Maria dos Anjos Páschoa, solteira, jornaleira, desta freguesia. E para constar lavrei em duplicado este assento lido perante e conferido perante a madrinha e vou somente assinar por esta não saber escrever. Era ut supra.

O Parocho : António do Patrocínio Domingues de Araújo.

Averbamento à margem:

Faleceu em Touguinha, concelho de Vila do Conde, em 30 de Abril, doc. nº 122, maço nº 5. Em 7 de Maio de 1970. Maria Clara

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Os Alvares meus antepassados!

 


Até onde consegui pesquisar - não pude ir mais longe, visto não haver registos anteriores a 1673, em Pedra Furada - tudo começou no lugar de Real da freguesia de Pedra Furada, concelho de Barcelos, com o casamento de Bento Alvares com Izabel Antónia, no ano de 1703.

Bem me queria parecer que havia uma razão forte para a minha bisavó Eusébia se ter refugiado nesse lugar, quando se viu grávida sem ter marido. Havia com certeza alguém da família que a acolheu e por ali se manteve sempre, até aos nossos dias. As velhotas da Quinta do Passeia para onde casou o Daniel do Jerónimo (por alcunha «O Maurdito») eram também elas Alvares, netas bisnetas ou trinetas do Senhor Bento, assim o creio. Ninguém me tira da cabeça que a Quinta do Passeia era propriedade deste personagem, Bento Alvares, referido no parágrafo anterior.

No ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1711, nasceu uma filha a este senhor, a quem foi posto o nome de Maria e que viria a casar com um tal Joze da Fonseca, da freguesia de Goios, para onde foram morar, depois de casados e criar os seus filhos.

Desta Maria Alvares nasceu outra Maria que conservou o mesmo apelido, no ano de 1744, e veio a casar com o nosso já conhecido e mui famoso avô Jerónimo Ferreira, ele também descendente dos Alvares. O seu avô Miguel Alvares, de Chorente, casou e foi viver para o lugar da Ribeira, da freguesia de Gueral, Quando o seu filho Manuel se casou com uma filha da Casa dos Velhos, de Macieira, já não usava o apelido de Alvares do seu pai, mas sim o de Ferreira.

No ano de 1743, nascia no lugar do Outeiro, Jerónimo, filho de Manuel Ferreira e neto de Miguel Alvares. Também no lugar do Outeiro, mas desta vez na freguesia de Santa Maria de Goios, nascia, no ano de 1744, a Maria Alvares que referi no parágrafo anterior. O casamento destes pombinhos trouxe o apelido de Alvares para Macieira e lá o manteve, enquanto a minha família lá morou.

Mas vamos por partes. Entre os filhos de Jerónimo e Maria houve um José, nascido no ano de 1768, que casou com uma menina de Balazar chamada Illena de Souza. Deste casal nasceram vários filhos, entre eles o Joaquim, no ano de 1817, que deu seguimento à família e ao apelido Alvares, acrescentando-lhe o Souza da sua mãe.

O Joaquim foi diferente de todos os seus antepassados e casou com uma moça da sua terra, de seu nome Maria Isidória, no ano de 1842, e deste casamento nasceu a minha bisavó Eusébia, em 1852, e mais um rancho de filhos. Depois dela veio a sua filha Maria, nascida na Lagoa Negra, em 1890, e desta a minha mãe Rita, em 1916. Todas mantiveram o apelido de Alvares, a partir de certa altura mudado para Alves, e o transmitiram a mim e meus 11 irmãos.

Andava mortinho por rascunhar estes dados para que constem para a posteridade e para quem se interesse por eles.

 

domingo, 4 de setembro de 2022

Confusões!

 Os Alves e os Gonçalves não têm nada a ver!

Uns são os descendentes do Álvaro e os outros do Gonçalo.


A ocupação do nosso país pelos romanos trouxe esta forma para os nossos apelidos. No período anterior a este, cada pessoa recebia um nome de baptismo a que se juntava o nome do pai - Ex: António Gonçalo, para um filho do Gonçalo - o que criava alguns imbróglios, em especial se queriam ao ao filho o mesmo nome do pai, pois Gonçalo Gonçalo não soaria muito bem.

Os romanos resolveram o problema de uma forma muito simples, pondo o nome do pai na forma genitijva que é como quem diz "filho de". Assim, Alvares é filho do Álvaro e Gonçalves é filho do Gonçalo.

Quando a Igreja Católica decidiu começar a registar os baptismos num libro apropriado e que hoje se encontra microfilmado e guardado na Torre do Tombo, já existiam por todos o Portugal estes apelidos. Por exemplo, na minha paróquia Gonçalves é um dos primeiros apelidos que aparece logo na primeira página do livro. Conhecem a história dos alcaides de Faria? Ora aí está, Gonçalo Nunes e Nuno Gonçalves.

Na minha família, o ramo feminino trouxe o nome de Alvares, depois Alves, desde o Século XVIII até à actualidade. Do lado da minha mulher acontece o mesmo com o apelido Gonçalves, embora este venha do ramo masculino da família. Entre filhos , netos e bisnetos vamos tentar mantê-lo para o futuro.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Mensagem de teste!

 Só para ver o tipo e tamanho da letra!

Agora, já percebi!

Se copiar algo de outra fonte, o meu texto assume a mesma forma!

Fiquei sabendo, vou tentar não esquecer!

Afinal, eu também sou famoso!

 Pedro Álvares Cabral[A] (Belmonte1467 ou 1468 – Santarémc.1520) foi um fidalgocomandante militar, navegador e explorador português, creditado como o descobridor do Brasil. Realizou significativa exploração da costa nordeste da América do Sul, reivindicando-a para Portugal. Embora os detalhes da vida de Cabral sejam esparsos, sabe-se que veio de uma família nobre colocada na província interior e recebeu uma boa educação formal.


Cabral pelo lado do pai e Álvares pela parte da mãe (suponho eu), eram assim as regras antigamente!

Também as mulheres da minha família, desde meados do Século XVIII, carregaram esse nome e o trouxeram até mim. Ou seja, o homem famoso que descobriu o Brasil era meu parente!

domingo, 5 de junho de 2022

A dona do nome!

 

Assento de baptismo
de
Maria Alvares da Silva

Filha de Jose da Fonseca e Maria Alvares nasceu no lugar do Outeiro da freguesia de Santa Maria de Góios, em 23 de Agosto de 1744.
Ela que viria a casar com o meu avô Jerónimo Ferreira e trazer o apelido Alvares, mais tarde Alves, para o lugar do Outeiro da freguesia de Macieira de Rates, lugar onde nasci 200 anos depois.

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Até o padre era Alvares!

 


Este documento refere-se ao casamento de um dos meus antepassados, Manoel Ferreira filho de Miguel Álvares, de Gueral. Neste caso, porque já o espiolhei, sei que o nome vem da freguesia de Negreiros, de onde eram os pais deste Miguel Álvares. O pároco que realizou o casamento dava pelo nome de Bento Álvares, quem sabe um familiar do noivo.

Alguns anos depois, um dos filhos deste casal viria a casar com uma senhora, da freguesia de Goios, cujo nome era, nem mais nem menos que, Maria Álvares da Silva que é também o nome da minha irmã mais velha, nascida em 1940.

domingo, 22 de maio de 2022

À procura dos Alvares!

 

João, filho de Maria Alvares

Os Alvares de Goios

Alvares é o apelido dado aos filhos do Álvaro. Este é o sistema romano que foi deixado por esse povo, quando ocupou a Península. Isso quer também dizer que, lá muito para trás no tempo, eu tive um avô com esse nome e carrego o seu apelido, enquanto andar neste mundo.

Alvares, assim como Gonçalves (os filhos do Gonçalo) são os dois apelidos mais comuns no concelho de Barcelos, em que nasci. No meu caso, o nome vem de Santa Maria de Goios, de onde é originária uma das minhas avós, de seu nome MARIA ALVARES DA SILVA que na segunda metade do Século XVIII casou com o meu avô Jerónimo e veio viver para Macieira, freguesia em que nasci, 300 anos depois.

Já encontrei Alvares nas freguesias de Goios, Gueral, Pedra Furada, Chorente e Negreiros, além de Macieira, claro. Vou investir algumas horas (talvez muitas) à procura de quem usava esse apelido e que relação possa existir entre essas pessoas. Os papeis antigos são difíceis de ler e estão em muito mau estado, mas isto é como uma operação militar, quanto mais custa mais valor tem!

sábado, 21 de maio de 2022

ALVARES - A origem!

 


Procurava uma evidência  da existência do nome ALVARES, em Lisboa, mas tudo que encontrei foi isto. Queria algo anterior a 1500, mas não encontrei, mas se havia Pedro Álvares Cabral é prova suficiente para dizer que o nome (que é também o meu) é mais antigo que isso!

Nova vida!

 Já houve de tudo neste blog!

Hoje, acordei com a ideia de o eliminar e ficar com menos uma preocupação na minha mente. Na hora H hesitei e preferi apagar o passado e desenhar um novo futuro para ele.

Genealogia é um assunto que interessa a muita gente e vou ver se aparece alguém que se interesse pela matéria. Se der bronca ... logo se vê! Há toiros que entram na arena e saem mansos!

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Só para quem pode!

 

Um naco de broa de milho,
com uma fatia deste toucinho
era um luxo só para alguns,
entre as gentes do Minho!

quarta-feira, 6 de abril de 2022

segunda-feira, 4 de abril de 2022

sexta-feira, 11 de março de 2022

Filet Mignon!

 

Passou o dia do meu aniversário e
esqueci-me de publicar aqui
o meu petisco preferido,
o Filet Mignon!

quinta-feira, 3 de março de 2022

Polvo grelhado na brasa!

 

Ontem fui a um jantar de aniversário e pedi a receita que vêem acima. O que me trouxeram para comer não tinha qualquer semelhança com isto. Nunca comi tão mal na minha vida. naquele restaurante não entro mais, nem morto!

terça-feira, 1 de março de 2022

Saúde, a quanto obrigas!

 

Já entrámos no mês de Março, o da Primavera.
Mês novo, vida nova
e outra chicha que o meu nutricionista me recomendou!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Fevereiro rima com fumeiro!

 


Montalegre é um dos melhores sítios para provar este petisco. A carne é boa, as batatas são as melhores e o tintol ajuda a empurrar tudo pela goela abaixo. Aproveitam a altura da feira do fumeiro que acontece já este mês e depois contem-me o resultado!

Vinhais também é bom, mas fica muito mais longe!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

sábado, 1 de janeiro de 2022

Bom Ano Novo!

 

Como ontem foi um dia atarefado na cozinha e muita comida enfiada pelo esófago abaixo, hoje aconselho um prato leve com fruta, queijo e presunto.

Nem pensar em ir para a cozinha! Só se for para ligar a máquina de lavar e meter lá toda a pratalhada usada ontem à noite. E sem esquecer os copos, claro, que devem ser muitos. Os do vinho, do licor e do champanhe que não deve ter faltado para empurrar o Ano Velho para fora.

E para curar a ressaca um copo de vinho tinto, mas só um senão a ressaca torna-se ainda mais forte.

Um Bom Ano de 2022 para todos os amantes da CHICHA BOA!